quinta-feira, 22 de maio de 2014

CANÇÃO DE OUTONO




O pranto longo
dos violinos
do outono
fere-me a alma
com um langor fino
sempre igual

Já sufocando,
pálido, quando
bate a hora

ainda me lembro
de antigos tempos
e então choro;

E vou-me embora
por um mau vento
que me leva
sem rumo, lento,
tal como leve
folha morta.

                                                                     Paul Verlaine





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