sexta-feira, 16 de maio de 2014

ALEXANDER MOURA


Poeta Pau-ferrense 

O que fazer
quando inexistir caminho?
Alcançar à luz no fim do túnel
e não ter nada,
apenas recordações d'um passado
e uma dor infinda no peito?

Os passos tortos
por entre os caminhos da vida
deixam rastros, marcas
de um bicho ostensivo,
cavando a própria cova
em um precipício.

Semeou fogo, colheu inferno
ardendo em brasa.
O corpo se perde na estrada
e a alma incinerada.
Tanto desacreditou no amor
que agora só restou:
a dor.


                                                                  Alexander Moura




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