terça-feira, 16 de outubro de 2012

SONETO

                                                     ALVARES DE AZEVEDO


O Byron do Romantismo Melancolico da Segunda Geração 



Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ele dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d'alvorada
Que em sonho se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

Um comentário:

  1. Uma poesia do "mal do século" é um recado da dor, e esse poema
    é retirado de uma Lira dos Vinte Anos de belas expreções góticas, não poderia
    deixar de marcar Brunna Duarte, por tornar possível a sensibilidade,
    a Renan Lacerda, por estar lendo essa obra antológica da nossa literatura,
    e a Rafael do sétimo período de letras...
    Para o restante dos poetas e adimiradores, o deleite...

    Viva Alvares de Azevedo!!!

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