quinta-feira, 4 de outubro de 2012

LIBERTAÇÃO







POETISA MOSSOROENSE


Que venham me calar...
Eu não calarei!

A saliva que circula em minha boca
lançarei na face do que julga com crueza
aqueles que não encontram
armas para sua defesa.
 
Calem a boca
os que atacam,
os que matam!
lavem a boca para falar dos que morrem!

Perigosos são os que destilam veneno
aos ouvidos desatentos,
que balançam as cabeças e dizem amém!

Eu não vou abrir mão da autopia,
não me cabe a tua mais-valia
que tudo corrompe
e tudo detém!
eu acredito na paz...
Não me venham com guerra!
que se unam os lares,
que se faça a divisão igual da terra!

Enquanto o homem dominar o homem
e for fatalismo o discurso reproduzido,
quanto a vida valerá?
até quando este neoliberalismo nos aniquilirá?
 
Liberdade, de verdade!
Liberdade, eu vou gritar!
Unir minhas mãos,
Repartir o pão, o chão
E você, então, virá!

                                                                             Camila Paula

Um comentário:

  1. "Que venham me calar...
    Eu não calarei!"
    Sobre Camila Paula, seria repetir o que dizem seus poemas, além disso, basta abrir o Jornal Cultural Clandestino que se tem bastante matéria, bastante espaço para a manifestação poética dessa atriz contemplativa à moda dessa "saliva que circula" em seus versos...

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