terça-feira, 11 de setembro de 2012

POEMA PARA O 11 DE SETEMBRO


Poeta natalense, senhor Pedro Fernandes





com olhos de cristal líquido
coloridos

míopes de cinza e preto

vimos ruir dois mundos de espelhos
cacos corpos corpos cacos pó

o que disseram dos queimados
e dos caídos vivos
procurando eternidades

nada

decidiram apenas
por um último instante de fama
de promoção pessoal anônima

o desenho da vertigem
o silêncio num grito de fuligem

que se repete na mente líquida
com a beleza mais sublime
da nossa própria capacidade
 
    
© Pedro Fernandes

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